A modernidade trouxe um novo estilo profissional |
Por Jair Heuert
O jornalismo eletrônico online nasceu quando a internet se
consolidou como meio de comunicação de massa, apropriada pelos grandes
conglomerados de comunicação hegemônicos de outrora.
Já para os usuários, seria
uma nova forma de acessar, ler e perceber o mundo (FURTADO, 2005). Contudo,
não foi apenas o jornal que mudou. O jornalista também precisou mudar. Surgiram
novos paradigmas para definir o profissional que atua no jornalismo.
As mídias convencionais brasileiras começaram a pensar e criar versões
online de seus produtos em meados de 1995. Tratou-se de um processo natural, em
que, ao longo dos anos, as novidades tecnológicas chegaram para ficar e foram introduzidas
nas redações. As velhas máquinas de escrever cederam espaço a computadores
novos, maquinas que muito resistiram bravamente antes de render-se a
modernidade.
Com o tempo, criou-se uma cultura, uma nova rotina de trabalho,
pois com tal ferramenta eletrônica, as velhas laudas foram deixadas de lado, o
texto podia ser corrigido, quantas vezes fosse necessário, sem que toda a matéria
tivesse que
se reescrever e assim por diante. (MARANGONI et al, 2002)
A priori, com a digitalização das redações, o jornalista que já atuava em um
veiculo teve que acumular novas funções atualizando sites e blogs, sobretudo
nos veículos menores. A solução para alguns foi procurar trabalho fora das redações.
As tecnologias digitais trouxeram diversas possibilidades aos profissionais da comunicação,
como o jornalista. O trabalho ficou mais rápido e fácil. Tornou-se possível,
por exemplo, acompanhar dados públicos divulgadas na rede. E cruzar essas informações
com outras fontes para desenvolver uma reportagem.
Como a Internet também
encurtou as distâncias, o jornalista poderia ainda entrevistar uma
personalidade a distancia por e-mail ou através de uma ferramenta de bate-papo.
Cremilda Medina (2008) afirma que a entrevista, nas suas diferentes aplicações,
e uma técnica de interação social, de interpretação informativa, quebrando
assim isolamentos grupais, individuais, sociais; pode também servir a pluralização
de vozes e a distribuição democrática da informação. A Internet, assim como o
telefone, permitiu uma aproximação maior do repórter com sua fonte, facilitando
esse dialogo.
Jair Heuert é Engenheiro, Jornalista e Especialista em Marketing
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