A utilização dos princípios de Marketing dentro do contexto político brasileiro surge a partir das primeiras eleições diretas, após a queda da ditadura militar. Vale relembrar que o período da ditadura militar se encerrou com a eleição de Tancredo Neves, em 1985, que morreu antes de tomar posse.
José Sarney assume a Presidência da República e inicia-se o processo de redemocratização do país. Em 1986, ocorreram eleições para formar a Assembleia Nacional Constituinte, que promulgou uma nova constituição em 5 de outubro de 1988. A Constituição determinava a realização de eleições diretas para presidente, governador, senadores e deputados no ano seguinte.
O Marketing Político fez-se presente em diversas épocas da História recente tornando ideologias em comunicação assimilável, como, por exemplo, com a marcha “Pra Frente, Brasil” no auge da Ditadura Militar e com a superprodução das “Diretas Já”, em 1984, sacramentadas pela televisão. (TEIXEIRA, 2006)
As eleições para Presidente da República de 1989 tiveram uma importância histórica e um significado ímpar por apresentar várias novidades, principalmente depois de 20 anos de ditadura e da falta de experiência causada pela ausência de eleições diretas para cargos majoritários. As eleições de 1989 foram as primeiras, desde 1960, em que os cidadãos brasileiros aptos a votar escolheram seu presidente da República.
Vejamos um comparativo entre campanhas eleitorais no Brasil, nos Estados Unidos e na Europa, de acordo com a visão de Dilma Teixeira (2006, p. 18 e 19), autora do livro Marketing Político e Eleitoral:
com a redemocratização do país na década de 1980, o Marketing Político vem aumentando gradativamente sua influência no jogo eleitoral, a ponto de ser aderido até por políticos radicais da extrema exquerda. A grande tendência na década de 1980 foi o uso de comerciais como entretenimento com mensagens apelativas para provocar reações esperadas e programandas. Demonstrações frias como num documentário já não chamavam a atenção. Os comunicadores percebiam que era preciso envolver a pessoa com humor, suspense e emoção e, na comunicação política, esse estilo é uma forma de diminuir o impacto de o horário político eleitoral gratuito ser um intruso na programação normal televisão.
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