Assessoria de Imprensa Política - A peça mais importante do Político


Todo bom político tem uma boa assessoria de imprensa para que possa divulgar seu trabalho.

Uma regra importante no jornalismo é que “a notícia tem de atender, primeiro, ao interesse do leitor; segundo, às conveniências do veículo, e somente satisfeitas estas duas condições, é que esta pode atender ao candidato”.

O desconhecimento desta regrinha básica no jornalismo tem causado muitas queixas de candidatos e políticos em relação ao tratamento que recebem da imprensa. E para ajudar o candidato ou político nesta difícil interação, entra a figura do assessor de imprensa política.

De acordo com Manhanelli (2004, p.43), “quanto mais elevada for a pretensão política, tanto maior ser a necessidade de uma boa assessoria de imprensa. O político não deve se iludir: ninguém é autossuficiente ou capaz de cuidar sozinho de todos os pormenores. Uma assessoria de imprensa eficaz é, com certeza, um dos elementos decisivos para o futuro e qualquer carreira política”.

FUNÇÃO - O assessor de Imprensa Política
Uma das funções da assessoria de imprensa é a de preparar o candidato para que possa ganhar espaço nos veículos e êxito nos seus contatos com os jornalistas, orientando-os sobre as características de cada veículo e sobre a melhor maneira de conduzir suas entrevistas, evitando escorregões ou situações que possam resultar embaraçosas (KUNTZ, 2006).

Essa função exige trabalho obstinado, inteligência, astúcia, humildade, personalidade e, principalmente, perseverança. Muitas vezes, ao assessor cabe a “função de porta-voz, mas deve ficar claro que as opiniões que emite não são suas, mas do político”. (MANHANELLI, 2004)

Baseado em palestra proferida pelo competente Carlos Brickmann, Manhanelli ( 2004) resume a assessoria de imprensa dizendo que o papel do assessor de imprensa é duplo: esclarecer a imprensa sobre o político e o político sobre a imprensa.

Cabe ao assessor político defender o que conhece e, com certeza, ele conhece o político com quem trabalho. Cabe, portanto, ao assessor levar ao conhecimento da imprensa, quem é esse político, o que faz, o que pensa e que ações pretende levar a efeito, quais suas posições sobre problemas nos âmbitos municipais, estaduais e nacionais e, em ocasiões propícias, até posicionar o político em relação a termos internacionais.

O assessor também precisa esclarece o político sobre a imprensa, pois ele precisa saber como funciona uma redação de jornal ou de departamento de jornalismo de uma rádio ou tevê. Os políticos de modo geral não sabem como a mídia funciona. Eles apenas sabem que é importante obter espaço e querem aparecer.
(MANHANELLI, 2004, p.42).

OBJETIVOS
Adaptando os objetivos e os produtos da área empresarial, detalhados por Gaudêncio Torquato (THONSOM, 2002, MANHANELLI, 2004, p.44), teremos para a assessoria de imprensa política o seguinte.
• Assessorar o político, fornecendo a ele análises, interpretações e perfis ambientais, de acordo com a leitura – sempre atualizada – da mídia.
• Assessorar o político na estruturação, na montagem e na idealização de textos, entrevistas e artigos para serem distribuídos aos meios de comunicação.
• Divulgar informações e opiniões de interesse do político para os meios de comunicação internos e externos.
• Coordenar entrevistas do político para os meios de comunicação.
• Preparar papers, documentos, pronunciamentos por escrito, discursos, palestras e conferências para o político.
• Assessorar o gabinete sobre interesses, tendências e perfis ideológicos dos meios de comunicação.
• Atender às demandas jornalísticas dos meios de comunicação.
• Informar, orientar e explicar as diretrizes, ações estratégicas e posições do político ao meio jornalístico.
• Promover relações cordiais com os meios de comunicação, seus diretores e editores, e propiciar condições para o bom desempenho das funções jornalísticas.
• Atender às demandas de leitores expressas em seções de cartas, programas de rádio etc.

Manhanelli (2004) e Kuntz (2006) trazem alguns conselhos úteis sobre o assessor de imprensa.
• Não perde a calma.
• Não briga, a não ser em último caso.
• Não agride. Em seu papel de interface, só funciona se puder conversar com os dois lados.
• Não é obrigatoriamente seguidor político. Até pode ser, o que será bem visto, mas nesse caso não pode deixar que isso interfira em sua frieza profissional. Credibilidade é razão, não emoção. Ele deve ser capaz de analisar com toda tranquilidade mesmo a mais tensa das situações; saber quando o político está errado; tentar ajustar seu foco, de maneira a comportar-se corretamente.
• Não pode confundir-se com “puxa-saco”. É pago para dizer a verdade ao assessorado.
• Assessor de imprensa só mente uma vez. Na segunda, ninguém mais acredita nele.
• O assessor de imprensa deve ser visto pelos editores e repórteres como fonte fidedigna e capaz de respeitar a ética profissional, de conciliar os interesses do candidato aos dos veículos e seus jornalistas.
• Assessor de imprensa competente tem memória, é inteligente, conhece os assuntos sobre os quais está falando. É preciso ter uma equipe capaz de pesquisar e de encontrar fatos que possam ser utilizados em benefício do político.
• Ler, se interessar por assuntos políticos e notícias que possam servir como gancho para seu trabalho na assessoria.
• Além de redigir e administrar releases da campanha, deve procurar manter abertos todos os canais de comunicação, realizando um trabalho de relações públicas permanente com os jornalistas, sempre pronto a prestar favores, dar declarações, sem jamais falseá-las, podendo, quanto muito, omiti-las – e somente em último caso.

A assessoria de imprensa deve trabalhar entrelaçada com o Marketing Político, ajustando o foco, para permitir que as notícias sejam transmitidas da maneira mais adequada.

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