Aquicultura - Melhoramento Genético de Camarão para precocidade.

Mais camarão em um menor espaço de tempo, reduzindo a pressão sobre o meio ambiente. 

A pesquisa tem avançado muito no Brasil, graças aos esforços da Embrapa. Uma área que tem recebido destaque está relacionado a aquicultura. Existe uma grande demanda e precisa avançar muito neste sentido. 

Existe um projeto que acho relevante sendo executando no município de Parnaíba, a 348 quilômetros ao norte de Teresina. O projeto de melhoramento genético para crescimento e ganho de peso do camarão branco do pacífico, o Litopenaeus vannamei, que a Embrapa desenvolve. 

O projeto tem como uma das metas aumentar em 5% o ganho de peso por animal melhorado geneticamente, por geração. É meta também aumentar o número de ciclos de engorda anual. Hoje, em média no Brasil, o camarão branco produzido em cativeiro é comercializado em 75 dias após o início da engorda.

Os estudos indicam ganhos através da herdabilidade – a herança genética – de peso e comprimento total de 30% e 23%, respectivamente dos animais estudados. Esse resultado, aponta para uma conclusão animadora: a variância genética aditiva, que é transmitida de pai para filho, pode ser explorada em programas de melhoramento genético. 

O trabalho é desenvolvido em uma boa estrutura de pesquisa, com uma unidade de larvicultura, que dispõe de 72 caixas de água de mil litros. A unidade, que ocupa uma área de 450 metros quadrados, é mantida sob uma estufa agrícola. As caixas têm kits com sistema simplificado de recirculação de água, coletor automático de resíduos, além de um suporte “medusa” para desenvolvimento de bactérias e um dosador para solução tampão.

Financiado pelo Ministério da Pesca e Aquicultura, com orçamento total de R$ 150 mil, o projeto é desenvolvimento em parceria com a iniciativa privada. Participam dele as empresas Aquacrusta e Copescal, dos municípios de Acaraú e Aracati, no Ceará; e Sealife, de Parnaíba. As ações de pesquisa começaram em 2011.

Nativo do Oceano Pacífico leste, o camarão branco predomina em 95 por cento das criações no Brasil. O Nordeste é responsável por cerca de 92 por cento de toda a produção brasileira dessa espécie. Juntos, os estados do Rio Grande do Norte e Ceará respondem por 70 por cento da produção. Bahia, Pernambuco e Piauí também se destacam na atividade. Em 2010, segundo a Associação Brasileira de Criadores de Camarão, a produção brasileira chegou a 80 mil toneladas.

Com informações da Embrapa

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