Universitários "Analfabetos"?

HEUERT - Alunos chegam a universidade com deficiência na educação.

Por Jair Heuert

Dos 6,5 milhões de estudantes matriculados em curso superior, 38% não leem ou escrevem plenamente, revela estudo.

Estive lendo uma estatística realizada pela ONG Ação Educativa que identificou o INAF (Indicador de Alfabetismo Funcional), que no nosso país tem cerca de 6,5 milhões de universitários e de todos que chegaram ao ensino superior no Brasil, somente 62% são plenamente alfabetizados. Isso significa que 38% ainda não dominam a leitura e a escrita, nem estão preparados para cálculos complexos. 

Com esse dados percebo que os investimentos em educação estão longe de ser um ideal! A qualidade simplesmente não acompanhou as vagas abertas pelas universidades particulares e até mesmo nas publicas. Décadas atrás fazer um curso superior era algo raro, mas hoje com facilidade nós encontramos pessoas fazendo faculdade.

Por que a infância está sendo maltratada?

O problema não está no ensino superior, na realidade a escola não está cumprindo o papel básico de ensinar a ler e o professor não é capacitado para lidar com as diferenças sociais dos alunos. A alfabetização é um processo que segue durante toda a vida e a família deve incentivar o jovem.

"A cultura é uma coisa apavorante para os ditadores. Um povo que lê nunca será um povo escravizado." Antonio Lobo Antunes

Vejam os dados:

Os dados do alfabetismo caiu de 12% para 6% em uma década. 

Os analfabetos funcionais*, somam 27% dos brasileiros. 

Entre os que têm de 50 a 64 anos, o analfabetismo funcional* atinge 52%. 

Isso ocorre porque muitos não tiveram acesso ao ensino quando estavam em idade escolar.
*conseguem ler apenas informações simples