Consciência Política - Ser e Parecer

Cada um usa uma estratégia eleitoral, buscado adquirir a confiança e o voto do eleitor.

O período da campanha eleitoral, os postulantes aos cargos eletivos de prefeito e vereador têm como meta tentar convencer os eleitores de seus respectivos municípios de que merecem seus votos. 

Os primeiros momentos desta verdadeira odisseia se dão através de carros de som com jingles e frases de efeito, corpo a corpo com direito a caras e bocas e, mais adiante, panfletagem, programas de rádio e televisão.

Na festa da democracia, costuma ter de tudo um pouco. Por vezes, o horário eleitoral me remete aos fantasiados que dão o toque descontraído à corrida de São Silvestre. Tem gente que se apresenta de forma engraçada, gente que excede tanto, tentando passar uma expressão de seriedade, que acaba beirando a sisudez, e por aí vai.

Cada qual, dentro de sua própria estratégia eleitoral, busca adquirir a confiança e o voto do eleitor. Nessa "sopa" de tipos, tem muita gente boa e sincera, mas também há os que não são originais e verdadeiros, não estão comprometidos com ninguém, a não ser com si mesmos. Tais atores não deveriam merecer o nosso, o seu voto.

Não é tarefa das mais fáceis separar o joio do trigo, já que, em um primeiro momento, são muito parecidos. Há uma frase datada do ano 60 a.C. que diz: "À mulher de César não basta ser honesta, tem que parecer honesta." Uma pessoa até pode ser honesta, apesar de não parecer; só que o inverso ocorre com muito mais frequência, ou seja, gente que consegue até parecer honesta, mas não é. 

É como o lobo da história do chapeuzinho vermelho, que tenta se passar pela boa e amável vovozinha. Nós brasileiros costumamos usar uma frase de indignação que diz: "Estou cansado de ser enganado." Será? A resposta virá com a apuração dos votos das próximas eleições.
Texto: Dr. Carlos Oliveira

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