Por Jair Heuert - Pós-Graduado em Marketing Político
O uso crescente das redes sociais digitais aponta para o deslocamento de uma esfera publica midiática vertical para uma esfera horizontalizada.
Esse deslocamento ocorre dentro do campo da política onde o Twitter é conceito de criação de um espaço virtual que potencializa tanto a formação de redes de eleitores e aliados, dedicados aos esquemas políticos promocionais, quanto se intriga políticas resultantes de seus entrecruzamentos ideológicos e partidários.
Pierre Levy (2001) acredita que a Internet permite a articulação de múltiplos pontos de vista. Ele chega a prever, inclusive, que cada um se tornara, no futuro, dono de um “pedaço” do ciberespaço. No entanto, ele chama atenção para a apropriação política da rede.
Apesar de todas as possibilidades que existem na Internet, ter um site, escrever um blog ou ter uma conta no Twitter não necessariamente representa uma maior democratização. A difusão de propagandas governamentais sobre a rede o anúncio dos endereços eletrônicos dos lideres políticos, ou a organização de referendos pela Internet nada mais são do que caricaturas de democracia eletrônica.
Acompanhe: Twitter funciona no Marketing Político?
A verdadeira democracia eletrônica consiste em encorajar, tanto quanto possível - graças as possibilidades de comunicação interativa e coletiva oferecidas pelo ciberespaço - a expressão e a elaboração dos problemas da cidade pelos próprios cidadãos, a auto-organização das comunidades locais, a participação nas deliberações por parte dos grupos diretamente afetados pelas decisões, a transparência das políticas publicas e sua avaliação pelos cidadãos. (LEVY, 1999)
LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999.
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