O Jornalista e o Assassino (1991) de Janet Malcolm

Para todas profissoes sempre há uma justificação.

O livro "O Jornalista e o Assassino" (1991) escrito pela jornalista norte-americana, Janet Malcolm, por exemplo, faz uma autocrítica como destaca no inicio de seu livro sobre a exploração das contradições das fontes. 

"Qualquer jornalista que não seja demasiado obtuso ou cheio de si para perceber o que está acontecendo sabe que o que ele faz é moralmente indefensável. Ele é uma espécie de confidente, que se nutre da vaidade, da ignorância ou da solidão das pessoas. Tal como a viúva confiante, que acorda um belo dia e descobre que aquele rapaz encantador e todas as suas economias sumiram, o indivíduo que consente em ser tema de um escrito não-ficcional aprende - quando o texto aparece publicado - a sua própria dura lição. Os jornalistas justificam a própria traição de várias maneiras, de acordo com o temperamento de cada um. Os mais pomposos falam em liberdade de expressão e do 'direito do público de saber'; os menos talentosos falam sobre arte; os mais decentes murmuram algo sobre ganhar a vida.

Por Jair Heuert

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