O público tem cada vez mais poder de interação.
Por Jair Heuert
A popularização dos blogs provocou inúmeras discussões sobre a praxis jornalística, oportunizando qualquer pessoa podendo ser fonte jornalística, com credibilidade para mobilizar a opinião pública em torno de um assunto. Nas escolas de comunicação, os jornalistas ficavam cada vez mais cientes de que, no futuro próximo, exerceriam a função de organizadores ou agregadores de informações.
O público tem cada vez mais poder de interação. E os meios de comunicação se tornariam de fato, um meio, no sentido mais direto da palavra. Inicialmente os blogs não passavam de diários on-line publicados na Web, os Web logs (dai o nome - Web logs), em geral feitos por adolescentes. Aos poucos foram sendo transformados em verdadeiras revistas on-line, portais de idéias, poemas, desabafos, informações técnicas e assim por diante. (PINTO, 2002, p. 23)
Se cada pessoa pode emitir mensagens para várias outras, participar de fóruns de debates entre especialistas e filtrar o dilúvio informacional de acordo com seus próprios critérios (o que começa a tornar-se tecnicamente possível), seria ainda necessário, para se manter atualizado, recorrer a esses especialistas da redução ao menor denominador comum que são os jornalistas clássicos. Assim, a duplicação das formas institucionais habituais no ciberespaço e o "acesso de todos" a esse reflexo não podem se tornar uma política geral das relações entre o ciberespaço e o território. (LEVY, 1999)
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