Consciência Política - Ética e fé III

“Então o mesmo Daniel era superior a esses sátrapas e ministros, porque nele havia um espírito superior; e o rei pensou em constituí-lo sobre todo o reino.” (Daniel 6. 3 versão da Bíblia RV)

Daniel encarnava o conceito clássico de honra e ética. E não se tratava de uma representação.

A maior lição que se pode tirar desse episódio é: o grau de fidelidade de Daniel para com o seu Deus era a fonte de onde derivava a fidelidade para com o rei Dario, com a sociedade e para com todo o Estado. E foi esse o foco de investida dos adversários políticos de Daniel: a sua fé. Quando o poder estava em questão, deixavam de lado qualquer escrúpulo.

Mesmo que Daniel significasse, naquele momento, o melhor para aquela nação, para eles era mais conveniente derrubá-lo. Forjar uma lei, mesmo que não trouxesse qualquer benefício para as pessoas e para o Estado, não fazia sentido algum. O objetivo era desqualificar Daniel e transformá-lo em transgressor de um decreto real para levá-lo à condenação de morte. Os “coronéis” pretendiam ainda deixar um recado a futuros adversários políticos: “Não ousem sequer pensar em nos desafiar.”

Ao ler o texto bíblico, o leitor observará que presidentes, governadores e praticamente todo um segmento classista elaboraram a sórdida proposta política para eliminar o justo Daniel.

Esse artigo nos propõe uma reflexão e discussão ética.

Pensata:

Para a autoavialição de nossas convicções quanto a ser ou não ético: tentar parecer aquilo que não se é, mentir por causa entendida como algo nobre e pensar da seguinte maneira: “Farinha pouca, meu pirão primeiro.” Qual a sua conclusão? Os fins justificam os meios?

Texto: Dr. Carlos Oliveira

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