As políticas públicas para os jovens avançaram a passos
largos nos últimos anos. O dia internacional da Juventude – comemorado em 12 de
agosto – é um momento importante para fazermos um balanço e apontarmos os
próximos desafios.
O Brasil, que cada vez mais torna-se referência
internacional no combate à pobreza e no crescimento econômico com distribuição
de renda, também é uma das lideranças mundiais na implementação de ações que
promovem o jovem como um sujeito de direitos e que acreditam no seu potencial
para alavancar o nosso desenvolvimento.
A liderança do Brasil não é por acaso. Os avanços são
evidentes: de 1996 a 2007, o crescimento da frequência de jovens de 15 a 17 no
ensino médio foi de 99,2% e daqueles de 18 a 24 anos no ensino superior de
123,3%. No mercado de trabalho, a parcela de jovens de 18 a 24 anos com
carteira assinada subiu de 38,2 para 41,7% e entre os de 25 a 29 foi de 40,3
para 47,2%.
Por outro lado, os desafios são muitos. Os jovens brasileiros
se desenvolvem de maneira desigual. O nível de escolaridade dos jovens rurais é
30% inferior ao dos urbanos. A taxa de analfabetismo entre os jovens negros é
mais que duas vezes maior do que entre os não negros: 3,4% contra 1,4%. O
desemprego juvenil é, ao longo dos levantamentos dos últimos períodos, quase
três vezes maior que a taxa de desemprego dos adultos.
Atento a essa realidade, o Brasil vem incorporando,
especialmente na ultima década, políticas públicas especificas para os jovens,
além de garantir a incidência do tema nas políticas sociais e universais – como
educação, saúde e geração de emprego. Esta é uma postura tanto da União quanto
de estados e municípios, que criam órgãos gestores e programas voltados para
este segmento. Estas são conquistas do governo brasileiro, mas, principalmente,
dos movimentos sociais e da sociedade em geral.
Neste contexto, a Secretaria Nacional de Juventude tem
fortalecido seu papel na promoção das políticas públicas que contribuem para
inclusão social dos jovens brasileiros. A II Conferência Nacional de Juventude
é um exemplo de construção das Políticas Públicas de Juventude, em espaço
democrático e com participação direta e plural das diferentes expressões
juvenis.
Agora, as políticas públicas caminham no sentido da expansão
da concepção dos direitos da juventude. O foco é a garantia de que o jovem
tenha autonomia para desenhar a sua trajetória e condições para viabilizar a
sua emancipação. Para além dos direitos fundamentais, como saúde, educação,
cultura, habitação e trabalho, o jovem deve ter o direitos ao território, à
experimentação, à diversidade, à participação e ao desenvolvimento integral.
Somos 50 milhões de jovens brasileiros. Em nenhum outro
momento da história, este segmento da sociedade foi tão representativo. É hora
de ousar nas políticas públicas de juventude para construir o Brasil sonhado
por tantas gerações.
Severine Macedo
Secretária Nacional
de Juventude
Secretaria-Geral da
Presidência da República
Um comentário:
Seu artigo é bem interessante!
Precisamos ter um foco nos jovens, sim. Ainda acho que a estrutura envolvida nessa faixa etária está muito a desejar. Não vejo "ainda" qualidade no ensino público.
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