Urbanização acelerada, envelhecimento da população e aumento significativo da violência são os novos desafios.
Por Jair Heuert
Os gestores públicos têm enfrentado novos desafios com as recentes transformações urbanas e as carências de infraestrutura nos municípios, envelhecimento da população, falta de espaços para recriação, aumento significativo da violência e falta de prevenção contra desastres.
Nas últimas seis décadas ocorreu um vertiginoso processo de urbanização, acompanhado por um simultâneo planejamento da expansão das nossas cidades. Muito pelo contrário, as cidades brasileiras, mesmo as de pequeno porte, apresentam sérios problemas de falta de planejamento e de ocupação precária e irregular do solo urbano.
Os conceitos de sustentabilidade ficaram de lado, não tem como a água da chuva infiltrar, sistema de águas pluviais se encontram defasados não conseguindo comportar a quantidade de água captada pela impermeabilidade do solo. Adensamento populacional em condomínios verticais em determinadas regiões da cidade sem as vias urbanas comportam essa nova quantidade de carros desse moradores. Muitas vezes o plano diretor da cidade não é respeitado ou pelo poder econômico é alterado.
Critico, o fato das cidades brasileiras serem "criadas para automóveis" e isso desrespeita os projetos de renovação urbana que garantam mobilidade para pedestres e ciclistas e estimulem o uso do transporte público.
Dados mostram que 50% das cidades não controlam a qualidade da água, 70% não têm plano de saneamento básico, 70% das cidades têm destino inadequado ao lixo. Questões como essas exigirão um elevado discernimento na definição das prioridades para as novas equipes de governo.
Jair Heuert é Engenheiro e Jornalista.
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