A carga tributária usurpa as representações


Porém, o maior desafio que esta classe está enfrentando é a discriminação do Estado exigindo altas taxas tributária em relação as empresas de representações.

Artigo especial - Ataíde Lemos



Ser representante comercial nos dias de hoje, tem-se tornado um grande desafio, não tanto, em relação às vendas, embora vender seja algo que exija muita habilidade, conhecimento.

Como todas as profissões, infelizmente, é o governo quem estimula a ilegalidade com seus altos tributos que não geram nenhum benefício àqueles que pagam. Assim, ocorre tanto com as industrias, os comércios varejistas com as que prestam serviços como no caso as representações. Para se ter um parâmetro desta carga tributaria em relação às representações, atualmente elas pagam em impostos, tributos, “apenas da comissão recebida” mais de 15% chegando a quase 25% no total somado outros tributos, ou seja, se uma representação tiver um rendimento bruto de R$ 5.000,00 reais, o governo fica com R$ 1.250,00, fora o Leão do Imposto de Renda. Enfim, está ficando inviável constituir empresas de representações. Para aqueles os quais recebem baixas comissões, trabalhar de carteira assinada com pequenos salários torna-se mais vantajoso.

A impressão que passa é que o Estado não tem sensibilidade com esta classe, não permitindo que profissionais procurem esta área para atuarem ou que, não se formalizem sua atividade profissional, pois hoje, para manter uma representação é somente àqueles vendedores que recebem altíssimas comissões, ou seja, menos de 20 do total dos vendedores, pois a grande maioria dos vendedores tem rendimentos brutos entre 4 a 10 salários.

É um absurdo as prestadoras de serviço denominadas Representações, não estar contemplada na categoria do Micro Empreendedor Individual (MEI), ou pelo menos, no Simples Nacional. Hoje abrir um comércio, ou mesmo uma grande empresa em termos proporcionais, paga-se menos impostos do que um representante comercial, ou seja, o cidadão que apenas possui escritório, veiculo e ferramentas para vendas, paga-se mais tributos do que aqueles que tem um grande capital registrado e movimentam milhões.

Além desta triste realidade, nós representantes estamos sem a quem recorrer. Embora, cada Estado possua o Conselho de Representação, cujo o representante é obrigatório seu cadastramento, parecem ser mais um órgão arrecadador trabalhando para o governo do que para a classe qual representa, pois suas ações são tímidas e se mantém quase que ausente diante as reivindicações da realidade das representações. Não basta os Conselhos atuarem nas periferias, mas sim atuar visando reduzir esta carga tributaria exorbitante que pesa sobre as representações. Não basta tais Conselhos querer promover convênios, cursos de qualificação do profissional de vendas se quando a representante recebe suas comissões sente-se desestimulado pelo disparate que é resultado entre o que ganha numa venda e o que recebe da mesma.

É preciso frisar que o representante comercial tem um alto custo de despesas para desempenhar sua função, que atinge aproximadamente 30% do valor bruto a receber. São despesas como combustível, manutenção de veiculo, telefone, internet, correio, promotores de vendas, alimentação, hotéis e varias outras despesas. Portanto, hoje mais de 50 % da comissão de um representante está comprometido com tributos e despesas de vendas, sobrando-lhe apenas o restante liquido que muitas vezes não compensa o risco que é estar nas estradas, os assaltos e principalmente distante da família.

Ataíde Lemos
Escritor e poeta
http://vendermaisvendermelhor.blogspot.com/

Um comentário:

Anônimo disse...

Tenho uma empresa de representação com mais 6(seis) vendedores , eu não aguento mais pagar imposto, tem vendedores que recebem 1.000,00(Mil reais bruto,tirando os impostos não fica nada.
Deveríamos ter registro em carteira.
Carlos

Postar um comentário