Ética Jornalística com advento das novas mídias.

ARTIGO - Por Jair Heuert

Quando estudamos a história do Brasil com um senso de inteligência e reflexão é perceptível que durante séculos, a grande imprensa orgulhava-se de ser insubstituível.

Com o advento das novas plataformas digitais oportunizou espaço para aqueles que desejam fazer um trabalho diferenciado levando um conteúdo com senso ético.
Força da mídia tradicional

Só retornando um pouco ao passado, a grande mídia televisiva era o motor, o maestro e o filtro da sociedade. Elegia e derrubava presidentes, ditava moda e construía mitos. Quando ocorriam esses procedimentos, a própria sociedade acatava os incentivos da mídia. Pessoas eram levadas a manipulação com facilidade de modo que não se preocupavam com reflexão sobre o assunto. Essa facilidade de manipulação vem diminuindo gradativamente pela capacidade adquirida pela sociedade em discernir os fatos com inteligência baseados no conhecimento do elo entre o poder com o mundo da informação.
Vazio ético
Ao analisar com profundidade o dia a dia do jornalismo, percebemos o vazio ético sendo forçada pela rendição mercantilista, pressão de grupos políticos e pelo monopólio dos meios de comunicação. A sensação nítida parece que a ética jornalística foi abolida, prevalecendo notícias tendenciosas, pejorativas, que visam beneficiar uma das partes ou mesmo mascarar a verdade dos fatos.
O desafio profissional do jornalista que sai da faculdade para mercado de trabalho transcorre compromisso fundamental de tratar a informação dentro dos princípios da conduta ética e profissional, tendo como objetivo, acima de tudo, oferecer boa qualidade de informação e satisfazer às necessidades de consumo dos leitores com um produto fiel e digno.
Influência da internet
A popularização da internet possibilitou acesso ao conhecimento. Com isso surgiu sites de busca, blogs e as mídias sociais. Cidadãos comuns converteram-se em emissores de notícia, com textos curtos e fragmentados através do Twitter, Facebook e e-mails, se apresentaram como novas fontes de informação.  Este crescimento mostra a aderência da sociedade e este novo modelo. Exemplos como caso dos manifestantes do Irã, Líbia e do Egito que usaram mensagens no Twitter ou de celulares para organizar protestos contra regimes dos ditadores. Mesmo com a extrema violência sendo reprimidos os manifestantes conseguiram desestabilizar estes governos. Nos vídeos gravados nos cenários de manifestações sem precedentes, as imagens geralmente mostram homens, em sua maioria jovem, com seus telefones celulares com câmera integrada. Os arquivos se espalharam rapidamente pelo mundo através do Facebook, Twitter, Flickr ou YouTube. Em seguida ganham espaço nos canais de televisão, como Al-Jazeera ou CNN.
Jornalistas inseridos nas Mídias Sociais
Profissionais da comunicação estão inseridos nas redes sociais buscando fontes jornalísticas. O Twitter tem o seu destaque devido sua praticidade e rapidez de circulação da informação. Facilita muito para o jornalista que faz cobertura politica acompanhar o perfil do politico, igual para aquele que escreve sobre celebridades segui-las no seu Twitter. Através das redes sociais na Internet, o jornalista tem acesso a um número infinito de fontes especificas, além de acesso a diversas informações que podem gerar matérias. Essa característica pode auxiliar na busca por um especialista mais apropriado para comentar uma matéria ou mesmo receber informação em primeira mão, de alguém que está presente ou próximo a um acontecimento.
Desafios para Web
O jornalismo desenvolvido para web possuía características especificas, que apontam a interatividade, customização de conteúdo, hipertextualidade e multimidialidade. O leitor da web geralmente faz uma leitura visual rápida, e a manchete precisa atrair sua atenção.
Na web surge um espaço mais democrático para uma livre manifestação de opiniões desde que seja na moralidade ética. E esta é a ansiedade humana para que possamos nos expressar e deixar registrado nosso pensamento, nossa contribuição. A isto, a internet favorece. É importante, no entanto o entendimento de um espaço democrático. Explicando pelo negativo, temos que dizer que não é um lugar onde você vá dizer tudo que deseja sem qualquer restrição. Tais manifestações configurariam a anarquia. No aspecto positivo, o que vamos dizer na internet deveria ser informações relevantes e trazer benefícios para todos que pudessem acessar este meio de informação.
Uma grande parcela da população do Brasil ainda não tem qualquer acesso à internet, assim embora sendo um espaço democrático, não é um acesso democrático. Senão por falta de equipamentos, também por falta de conhecimento. Conhecer o básico para ter acesso à internet que é democrática, também sendo parte da democracia, não é muitas das vezes atendida pela própria população que vive na democracia. Logo lidar com espaços democráticos vai além do próprio espaço chamado democrático, é necessário que na mente do próprio ser humano haja consciência democrática e consciência democrática é estar ciente de que sua conduta é responsável como ser para consigo, para com o próximo e para com toda a sociedade.
Desafios éticos do jornalista na web
O jornalismo na web não foge da etica do tradicional, onde compromisso fundamental do profissional é com a verdade dos fatos, precisão da apuração dos acontecimentos e sua correta informação. Com tanta inovação, e pela facilidade ocorre com frequência o plágio não autorizado. Muitas vezes o autor pede apenas citação do crédito. Embora esteja no cotidiano do brasileiro fazer cópia de livros inteiros, comprar CD e DVD pirata e até comprar roupas e calçados falsificados de marcas famosas é primeiro a reclamar pela falta da ética.
O desafio colocado aos comunicadores, deve estar pautado no fator ético, como um exercício dirigido a sociedade. A principal razão da busca do jornalista da web está baseada na excelência. Nessa modalidade a exigência é maior, pois uma vez o público uma vez recebendo uma informação medíocre, a fonte está condenada a não receber visita desse internauta.
Os valores e os princípios são uma necessidade da experiência humana, caminhos pelos quais nos aproximamos e nos afastamos uns dos outros.

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